quinta-feira, dezembro 18, 2008
quinta-feira, novembro 27, 2008
Só mais isto: eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Eu sei
Que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas
Que podem
Magoar e te ofender
Mas cada um
Tem o seu jeito
Todo próprio de amar
E de se defender
Você me acusa
E só me preocupa
Agrava mais e mais
A minha culpa
E eu faço e desfaço
Contrafeito
O meu defeito
É te amar demais
Palavras
São palavras
E a gente
Nem percebe
O que disse
Sem querer
E o que deixou
Pra depois
Mas o importante
É perceber
Que a nossa vida
Em comum
Depende só
E unicamente
De nós dois
Eu tento
Achar um jeito
Pra explicar
Você bem que podia
Me aceitar
Eu sei
Que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
Mas é assim
Que eu sei te amar
Roberto Carlos
sexta-feira, novembro 21, 2008
Um fim e um início
Tenho sempre dificuldade em terminar as coisas que faço. Mas é preciso. Quanto mais não seja para dar aso a outras. Ultimamente, o entusiasmo deu lugar ao desânimo, até mesmo à saturação. O prazer de blogar é por ciclos, ora nos dá imenso gozo e temos brio no que fazemos, ora se torna fastidioso - acha-se tudo banal e mero exercício de narcismo. Blogar é um vício que nos faz perder imenso tempo. E não apenas enquanto estamos em frente ao computador. Noutro prisma, blogar estimula o espírito criativo e a capacidade de escrever e de apresentar coisas, o que é óptimo.
Para mim, chegou a hora de mudar de partido. Optando por uma vida (mais) real. Hei-de canalizar as energias que sobram para a família e para o trabalho. Que bem preciso! Este é um fim e um início. A todos os que ao longo destes dois anos e pouco visitaram, leram, comentaram, olharam, ouviram e de alguma forma sentiram o pulsar deste Escaninho, um muito obrigado e um abraço. Bloga-mo-nos por aí.
(corrigido)
Para mim, chegou a hora de mudar de partido. Optando por uma vida (mais) real. Hei-de canalizar as energias que sobram para a família e para o trabalho. Que bem preciso! Este é um fim e um início. A todos os que ao longo destes dois anos e pouco visitaram, leram, comentaram, olharam, ouviram e de alguma forma sentiram o pulsar deste Escaninho, um muito obrigado e um abraço. Bloga-mo-nos por aí.
(corrigido)
sábado, novembro 15, 2008
Sem tua luz
sexta-feira, novembro 14, 2008
rb, essa é das antigas, posso tocar para você?
Caetano Veloso
meu irmão
Solta essa batida!
Noutro tempo
Essa canção
Mudou a minha vida.
Era tão bom dizer arrodjiada dji areia branca ...
It's a long way
Woke up this morning
Singing an old, old Beatles song
WeÂ’re not that strong, my lord
You know we ainÂ’t that strong
I hear my voice among others
In the break of day
Hey, brothers
Say, brothers
ItÂ’s a long long long long way
Os olhos da cobra verde
Hoje foi que arreparei
Se arreparasse a mais tempo
Não amava quem amei
Arrenego de quem diz
Que o nosso amor se acabou
Ele agora está mais firme
Do que quando começou
It's a long road
A água com areia brinca na beira do mar
A água passa e a areia fica no lugar
E se não tivesse o amor
E se não tivesse essa dor
E se não tivesse sofrer
E se não tivesse chorar
E se não tivesse o amor
No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca
(Caetano Veloso, Transa, 1972)
quinta-feira, novembro 13, 2008
quarta-feira, novembro 12, 2008
Saga Lusa II
Ainda sobre o livro Saga Lusa e a particular personalidade de Adriana Calcanhoto, gostei de ler este rascunho do Helder Beja, que cita um pequeno pedaço duma entrevista que lhe fez. Não resiti a roubar-lho: «Não consigo viver num lugar que esteja longe do mar, vou ficando aflita. Não preciso mergulhar, e raramente vou à praia, o que preciso é de saber que ele está ali. Acho que qualquer cidade do mundo que tem mar e porto é diferente das outras, as pessoas são diferentes, têm uma relação diferente com o mundo.» Subscrevo. Ao ler, deu-me vontade de sair a correr para ver o mar. Feito um louco.
Saga Lusa
Saiu o novo livro de Adriana Calcanhoto, Saga Lusa, em que a autora descreve a sua última digressão por Portugal. Pelos vistos, não correu nada bem. Escrito em tom de diário, permite conhecer melhor quem é Adriana Calcanhoto, uma das minhas predilectas artistas. O blogue Cadeirão Voltaire, dá-nos o aperitivo.
terça-feira, novembro 11, 2008
segunda-feira, novembro 10, 2008
Quais as consequências desta derrota para o Sporting?
«Fica fora da competição.» (Paulo Bento, 9 de Novembro de 2008)
sábado, novembro 08, 2008
sexta-feira, novembro 07, 2008
Citar
«Detesto aquilo que os escritores cultivam muito: a relação dramática com a escrita» (José Saramago, Público, 7-11-2008).
quinta-feira, novembro 06, 2008
Mais Jazz - Blue Bossa
O Mais Jazz, hoje, tem o prazer de distinguir Blue Bossa, um dos standards de jazz mais tocados e ouvidos de sempre, seguramente, e dos mais bonitos, também.
Este extraordinário Blue Bossa foi composto por Kenny Dorham, que foi um dos trompetistas mais activos do bebop. Entre vários génios, tocou com Dizzi Guillespie, Charlie Parker, Thelonious Monk, Max Roach. Em 1963, leva para a sua banda Joe Henderson, este, um puto de 27 anos. Ficaram bons amigos e parceiros musicais. Daí nasceu Page One, álbum de Joe Henderson, com Pete LaRoca, Kenny Dorham, McCoy Tyner e Butch. Das obras mais emblemáticas do jazz. Nele é apresentado pela primeira vez Blue Bossa.
Pode começar por dizer-se que o ritmo deste Blue Bossa é inspirado na Bossa Nova, ou Samba quando é mais acelerado.
A tonalidade - uma espécie de roupa em que se veste - é em Dó menor. As tonalidade menores soam mais tristes, mais íntimas. No meio do tema, existe uma modelação para Ré bemol maior, passando soar diferente, com um carácter mais alegre. Como se de repente vestisse outra roupa mais colorida. No fim, regressa à tonalidade inicial para começar tudo outra vez. É aquela modelação ou a mudança de roupa, porém, que faz a diferença para os milhares de temas parecidos com este. Como passo de magia.
A melodia é simples, por isso, tão bonita. Traduzi-la numa imagem seria imaginar uma escada de notas ou de sons em que a melodia desce por vários degraus seguidos e no fim salta para o ponto de partida. Só que, cada descida destas começa um degrau abaixo da anterior, ou seja, indo cada vez mais baixo, a notas mais graves. Complicado, não? Isto são as primeiras três frases. Do resto acho que não tenho palavras, quanto mais imagens. Talvez assim: fica a contemplar o ambiente nos degraus mais baixos a que chegou e olhando para o topo hesita em regressar a ele. Mas regressa. E tudo recomeça uma e outra vez. Em looping.
Isto de trocar música por palavras é complicado.
Este extraordinário Blue Bossa foi composto por Kenny Dorham, que foi um dos trompetistas mais activos do bebop. Entre vários génios, tocou com Dizzi Guillespie, Charlie Parker, Thelonious Monk, Max Roach. Em 1963, leva para a sua banda Joe Henderson, este, um puto de 27 anos. Ficaram bons amigos e parceiros musicais. Daí nasceu Page One, álbum de Joe Henderson, com Pete LaRoca, Kenny Dorham, McCoy Tyner e Butch. Das obras mais emblemáticas do jazz. Nele é apresentado pela primeira vez Blue Bossa.
Pode começar por dizer-se que o ritmo deste Blue Bossa é inspirado na Bossa Nova, ou Samba quando é mais acelerado.
A tonalidade - uma espécie de roupa em que se veste - é em Dó menor. As tonalidade menores soam mais tristes, mais íntimas. No meio do tema, existe uma modelação para Ré bemol maior, passando soar diferente, com um carácter mais alegre. Como se de repente vestisse outra roupa mais colorida. No fim, regressa à tonalidade inicial para começar tudo outra vez. É aquela modelação ou a mudança de roupa, porém, que faz a diferença para os milhares de temas parecidos com este. Como passo de magia.
A melodia é simples, por isso, tão bonita. Traduzi-la numa imagem seria imaginar uma escada de notas ou de sons em que a melodia desce por vários degraus seguidos e no fim salta para o ponto de partida. Só que, cada descida destas começa um degrau abaixo da anterior, ou seja, indo cada vez mais baixo, a notas mais graves. Complicado, não? Isto são as primeiras três frases. Do resto acho que não tenho palavras, quanto mais imagens. Talvez assim: fica a contemplar o ambiente nos degraus mais baixos a que chegou e olhando para o topo hesita em regressar a ele. Mas regressa. E tudo recomeça uma e outra vez. Em looping.
Isto de trocar música por palavras é complicado.
quarta-feira, novembro 05, 2008
terça-feira, novembro 04, 2008
Obamania
Dizem que a eleição deste homem, Barak Obama, pode mudar o mundo. É a primeira vez que um negro tem a forte possibilidade de ser eleito presidente americano. Não podendo ser este um fim em si mesmo, não deixa de ser histórico e simbólico para a humanidade tal facto.
Há quem não acredite e garanta que Obama não passa de um político de plástico - mais um - e o acuse de pertencer à dita esquerda caviar ou de ser um radial chic.
Confesso-me um pouco contagiado pela Obamania que tem varrido o planeta. Gosto de Obama por empatia, nada mais, uma espécie de amor à primeira vista. E isso é pouco. A sua eleição significa ver-me livre do pior presidente americano de todos os tempos, W. Bush. Já não é nada mau.
É provável que Obama venha a ser uma enorme desilusão, tendo em conta que são demasiado elevadas as expectativas em redor da sua eleição. Nestes tempos de crise, é comum surgirem os messias e os salvadores.
O mais certo é continuarem os mesmos dados. Alguns exemplos: todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças; todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos; 1 bilhão e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia; mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
Que Deus, digo, Barak Obama, não me queira dar razão.
Há quem não acredite e garanta que Obama não passa de um político de plástico - mais um - e o acuse de pertencer à dita esquerda caviar ou de ser um radial chic.
Confesso-me um pouco contagiado pela Obamania que tem varrido o planeta. Gosto de Obama por empatia, nada mais, uma espécie de amor à primeira vista. E isso é pouco. A sua eleição significa ver-me livre do pior presidente americano de todos os tempos, W. Bush. Já não é nada mau.
É provável que Obama venha a ser uma enorme desilusão, tendo em conta que são demasiado elevadas as expectativas em redor da sua eleição. Nestes tempos de crise, é comum surgirem os messias e os salvadores.
O mais certo é continuarem os mesmos dados. Alguns exemplos: todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças; todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos; 1 bilhão e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia; mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
Que Deus, digo, Barak Obama, não me queira dar razão.
segunda-feira, novembro 03, 2008
sexta-feira, outubro 31, 2008
To boo or not to boo *
Faz algum sentido festejar o Halloween ou o dia das bruxas? Para mim, nenhum. Eu ainda sou do tempo em que ninguém ligava pevide ao fenómeno. Halloween?! Nunca ouvi falar disso.
Mas quero deixar aqui uma promessa: se Barak Obama (gosto de pronunciar este nome) for eleito na próxima terça-feira e vier a ser um verdadeiro presidente do mundo - eu sei, eu sei, estou a ser demasiado optimista, quase ridículo, mas enfim - hei-de repensar estes meus malvados (pre)conceitos.
Enquanto não chega esse dia, vou-me rindo com estas coisas: *Gasparzinho - To boo or not to boo.
Enquanto não chega esse dia, vou-me rindo com estas coisas: *Gasparzinho - To boo or not to boo.
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gasparzinho,
o dia das bruxas não tem graça nenhuma
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