Respiração profunda

Depois de simplesmente olhar a respiração e de bem praticar a respiração abdominal, é tempo de passar à respiração profunda ou respiração completa.

Antes de tudo, esvaziar completamente o pulmão de ar. Desde o tórax ao abdómen. Contrair costelas ao máximo. Meter a barriga e o umbigo para dentro. Também contrair, ao mesmo tempo e em oposição, as costas, desde a zona dorsal até à lombar e ao cóccix. No final é a ideia de colar a barriga às costas. Desta forma, o diafragma é empurrado para cima, o que faz esvaziar os pulmões totalmente, incluindo aquele restinho que fica sempre lá .

Depois, começamos:
1º Aguardar 1 tempo, pode ser em segundos, retendo a respiração, com o pulmão vazio.

2º Inspirar em 4 tempos da forma lenta, contínua e sem esforço, por esta ordem: abdómen; zona intercostal e tórax.

No início, como estamos a precisar muito de ar, temos tendência a fazê-lo precipitadamente, o que faz desperdiçar o preenchimento de boa parte da capacidade torácica antes ganha. Devemos procurar fazê-lo com calma e concentração, sobretudo na difícil passagem da retenção para a inspiração.)

3º Reter a respiração, agora com o pulmão cheio, durante 8 tempos.

4º Expirar (cuidado outra vez com a passagem) em 8 tempos, lenta, contínua e sem esforço, até chegar ao pulmão vazio com que se partiu no início para recomeçar.

Todo o processo deve ser repetido no mínimo umas 3 vezes. A contagem de 1-4-8-8 aqui sugerida pode evoluir para 1-4-16-8 e o 1,º passo (retenção com pulmão vazio) pode ser dispensado. A contagem é uma forma de disciplinar a prática e dá bons resultados.

Podemos também praticar sem qualquer preocupação de tempos, mas nunca perdendo de vista a constância do movimento respiratório e que a expiração deve ser sempre mais longa que a inspiração.

O prazer de conseguir esta respiração cada vez mais profunda e segura é ... não digo, experimentem!