quinta-feira, novembro 16, 2006

«É a cultura, estúpido!»

O Público, de hoje, destaca um estudo da União Europeia sobre o importante contributo para economia que a Cultura representa nos estados membros.
Alguns números, recolhidos, no seio da União, são impressionantes: em 2003 contribuiu com 2,6% do PIB , mais do que o sector imobiliário e produtos alimentares e bebidas; nesse mesmo ano, teve um volume de negócios no valor de 654 mil milhões de euros, mais do que no sector automóvel; cresceu mais 12,3% do que o resto da economia; em 2004 foi responsável por 3,1% do emprego.
Em Portugal, como seria de esperar, o cenário não é tão entusiasmante, ainda assim, a Cultura representou, em 2003, 1,4% do PIB nacional.
Apesar destes bons resultados o estudo chama a atenção para a necessidade do apoio público à Cultura.

Este estudo devia ser lido com atenção pelo dr. Rui Rio e quejandos que desprezam a Cultura como função primordial do Estado e que defendem que a subsidiação cultural é dispensável e até mesmo maléfica para o desenvolvimento do sector.

No editorial, Amilcar Correia, meu amigo e conterrâneo (um abraço!), põe o dedo na ferida e dá um recado bem explícito: "O investimento na cultura, em países como Portugal, onde é fortemente dependente do Estado e dos municípios, não pode ser aplicado de forma cega e deve ter em conta um retorno. Mas também não pode desaparecer por qualquer capricho."

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