«eis uma conversa que tem um cheiro igual ao do fumo da planta»
um cheirinho agradável presumo!
"See it, roll it, smoke it" era apenas um slogan dos anos 60/70 que surgia ao lado de uma folha de cannabis, lembro-me de o ver em documentários, posters, crachás...
o "it" é a planta, para ser a plantação, só se fosse num concerto do Bob Marley com um pelotão de rastas sempre a enrolar. :)
na Holanda a legalização do consumo, levou à redução do mesmo (de forma drástica, segundo dados recentes). A transgressão passou para a plantação, ainda não permitida neste país Europeu. Um dos crachás que o amigo Gaspas se refere, era um dos poucos que eu tive. Já passaram mais de 20 anos. Depois de todos os estudos sobre comportamentos aditivos, dependências, perdas de faculdades psíquicas e quejandos, eu ainda são a favor da legalização do consumo, embora não seja por isso, que vá passar a fumar (sinceramente o 'cheirinho' é horrível e fumar papeis ensalivados não me parece muito higiénico). Pedir camufladamente a legalização de algo, como sempre se fez nos últimos 30 anos é bolorento. É necessário assumir-se, como aqueles moços de Lagos que fazem campanhas nas ruas, cada um fumando o seu 'sputnik'. Por isso, RB falar das propriedades terapêuticas ou das possibilidades industrais do cânhamo é atirar areia para os olhos. Ser activo numa campanha é quebrar com o sistema. Decorar o escritório, ou gabinete com as plantas referidas, fumar em público sem receios da condenação social e por aí fora. Um abraço a todos, Rui Guerra
Antes de mais, obrigado pelo teu comentário e contributo à discussão. É para isto que os blogs , também, servem, a meu ver. Ora bem: "Decorar o escritório, ou gabinete com as plantas referidas, fumar em público sem receios da condenação social e por aí fora."
Mas como, se isso é ilegal?! É uma contra-ordenação, tal como ultrapassar na linha contínua ou circular em excesso de velocidade, entre outras. Assim sendo, obriga o consumidor possuidor de cannabis a ir a um CAT , sujeitar-se a consultas, pagar uma multa, etc. E isto se a quantidade for mínima, porque senão é crime e, na letra da lei, dá cadeia. Eu pergunto: porquê?
O único argumento utilizado é o perigo de evolução para as drogas duras. No entanto, com a lei actual, alguém que queira consumir , além de se sujeitar ao risco de ser acusada de contra-ordenação, terá que praticar crimes para obter a droga, pois compra e vender é crime. E terá de comprar em poucas quantidades, ou seja, várias vezes, sujeitando-se a dirigir-se a um traficante que a poderá aliciar para drogas pesadas. Portando, mantendo o consumidor na clandestinidade aumenta-se o risco de este resvalar para outros consumos e práticas. Ao liberalizar, haveria regras e controlo de qualidade dos consumos. Depois também há aquela velha máxima: o fruto proibido é sempre o mais apetecido. E parece-me que é um contra-senso enorme, para não dizer uma tremenda hipocrisia, que não haja o mesmo estilo de preocupação em relação ao alcool, cujo consumo em Portugal é altamente elevado, e aos fármacos, antidepressivos, anciolíticos e afins, tudo substâncias que a meu ver e até prova em contrário farão pior à saúde do que a cannabis. Quanto à plantação, tal com na venda tinha que haver regras, mas nós temos condições muito boas para a fazer (a qualidade da plantação nos Açores até é conhecida como uma das melhores do mundo), penso que devemos aproveitá-las, senão teríamos que comprar a outros países. Esclareço que naturalmente não pretendo advogar aqui o consumo de drogas leves, pois, não ignoro que é nocivo para a saúde. Defendo é que as pessoas devem ser completamente livres de o fazer uma vez que tal não prejudica terceiros (ao contrário do que ultrapassa na linha contínua ...) e mesmo em relação ao próprio, não sendo inócuo, não terá as consequências que tem o alcool, por exemplo. Veja-se quantos acidentes mortais, quantos maus tratos, quntas vidas estragadas, homicídios até, foram praticados sob o efeito do alcool. No passado e certamente que no interior ainda hoje acontece, dava-se sopas de vinho ou "de cavalo cansado" para os meninos "desenvolverem melhor" e "crescerem". E nos centros urbanos e meios universitários, passatempo preferido da juventude e não só é "meterem-se nos copos". Assim, como não sou capaz de condenar alguém que gosta de beber o seu copo, também, não o faço a alguém que gosta de fumar o seu charro. Desde que moderadamente. Para isso é preciso dar-lhe liberdade e ao mesmo tempo a consequente resposabilidade. E não tratar os consumidores como crianças como acontece actualmente.
8 comentários:
Boa. ;-)
See it, roll it, smoke it!!!
eis uma conversa que tem um cheiro igual ao do fumo da planta.
o que é o 'it'? o consumo ou a plantação?
RG,
«eis uma conversa que tem um cheiro igual ao do fumo da planta»
um cheirinho agradável presumo!
"See it, roll it, smoke it" era apenas um slogan dos anos 60/70 que surgia ao lado de uma folha de cannabis, lembro-me de o ver em documentários, posters, crachás...
o "it" é a planta, para ser a plantação, só se fosse num concerto do Bob Marley com um pelotão de rastas sempre a enrolar. :)
"consumo ou a plantação?"
As duas, sob regras, porque não?
O cânhamo é uma das substâncias virtuosas que temos no planeta!
na Holanda a legalização do consumo, levou à redução do mesmo (de forma drástica, segundo dados recentes).
A transgressão passou para a plantação, ainda não permitida neste país Europeu.
Um dos crachás que o amigo Gaspas se refere, era um dos poucos que eu tive. Já passaram mais de 20 anos.
Depois de todos os estudos sobre comportamentos aditivos, dependências, perdas de faculdades psíquicas e quejandos, eu ainda são a favor da legalização do consumo, embora não seja por isso, que vá passar a fumar (sinceramente o 'cheirinho' é horrível e fumar papeis ensalivados não me parece muito higiénico).
Pedir camufladamente a legalização de algo, como sempre se fez nos últimos 30 anos é bolorento. É necessário assumir-se, como aqueles moços de Lagos que fazem campanhas nas ruas, cada um fumando o seu 'sputnik'. Por isso, RB falar das propriedades terapêuticas ou das possibilidades industrais do cânhamo é atirar areia para os olhos.
Ser activo numa campanha é quebrar com o sistema. Decorar o escritório, ou gabinete com as plantas referidas, fumar em público sem receios da condenação social e por aí fora.
Um abraço a todos,
Rui Guerra
Caro Rui Guerra,
Antes de mais, obrigado pelo teu comentário e contributo à discussão. É para isto que os blogs , também, servem, a meu ver.
Ora bem:
"Decorar o escritório, ou gabinete com as plantas referidas, fumar em público sem receios da condenação social e por aí fora."
Mas como, se isso é ilegal?!
É uma contra-ordenação, tal como ultrapassar na linha contínua ou circular em excesso de velocidade, entre outras.
Assim sendo, obriga o consumidor possuidor de cannabis a ir a um CAT , sujeitar-se a consultas, pagar uma multa, etc. E isto se a quantidade for mínima, porque senão é crime e, na letra da lei, dá cadeia.
Eu pergunto: porquê?
O único argumento utilizado é o perigo de evolução para as drogas duras. No entanto, com a lei actual, alguém que queira consumir , além de se sujeitar ao risco de ser acusada de contra-ordenação, terá que praticar crimes para obter a droga, pois compra e vender é crime. E terá de comprar em poucas quantidades, ou seja, várias vezes, sujeitando-se a dirigir-se a um traficante que a poderá aliciar para drogas pesadas.
Portando, mantendo o consumidor na clandestinidade aumenta-se o risco de este resvalar para outros consumos e práticas.
Ao liberalizar, haveria regras e controlo de qualidade dos consumos.
Depois também há aquela velha máxima: o fruto proibido é sempre o mais apetecido.
E parece-me que é um contra-senso enorme, para não dizer uma tremenda hipocrisia, que não haja o mesmo estilo de preocupação em relação ao alcool, cujo consumo em Portugal é altamente elevado, e aos fármacos, antidepressivos, anciolíticos e afins, tudo substâncias que a meu ver e até prova em contrário farão pior à saúde do que a cannabis.
Quanto à plantação, tal com na venda tinha que haver regras, mas nós temos condições muito boas para a fazer (a qualidade da plantação nos Açores até é conhecida como uma das melhores do mundo), penso que devemos aproveitá-las, senão teríamos que comprar a outros países.
Esclareço que naturalmente não pretendo advogar aqui o consumo de drogas leves, pois, não ignoro que é nocivo para a saúde. Defendo é que as pessoas devem ser completamente livres de o fazer uma vez que tal não prejudica terceiros (ao contrário do que ultrapassa na linha contínua ...) e mesmo em relação ao próprio, não sendo inócuo, não terá as consequências que tem o alcool, por exemplo. Veja-se quantos acidentes mortais, quantos maus tratos, quntas vidas estragadas, homicídios até, foram praticados sob o efeito do alcool. No passado e certamente que no interior ainda hoje acontece, dava-se sopas de vinho ou "de cavalo cansado" para os meninos "desenvolverem melhor" e "crescerem". E nos centros urbanos e meios universitários, passatempo preferido da juventude e não só é "meterem-se nos copos".
Assim, como não sou capaz de condenar alguém que gosta de beber o seu copo, também, não o faço a alguém que gosta de fumar o seu charro. Desde que moderadamente. Para isso é preciso dar-lhe liberdade e ao mesmo tempo a consequente resposabilidade. E não tratar os consumidores como crianças como acontece actualmente.
O que tu queres sei eu...
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