segunda-feira, março 10, 2008

Assim não é possível ser governo


Vital Moreira põe o dedo na ferida: as reformas são boas enquanto não se fazem.
Bem sei que a reforma que o ME procura implementar não está isenta de críticas. Não senhor, haverá vários aspectos que podem e devem ser melhorados ou corrigidos. Mas, no essencial, diz-se que a reforma vai no sentido certo. Também, nada como a prática, para melhor se ver e rever o modelo idealizado.
Sinal disso é que os professores dizem que não estão contra o princípio da avaliação, discordam apenas do modelo. Porém, fazem-no sem construir ou defender alternativa.
Como disse Vasco Pulido Valente, naquele seu estilo de que não haverá mais amanhã, os professores que vieram a Lisboa traziam Correia de Campos na cabeça.
Se a ministra for embora, porque, "está na hora ...", o que se resolve? Nada, a não ser serenar os protestos. E o mais provável, como no ministério da saúde, é ficarmos a perder.
O Luís Novaes Tito diz que a política faz-se "com" e não "contra". Até certo ponto, entendo que sim. Desde que a outra parte também ceda. O modelo do "diálogo" já foi experimentado e deu no que deu. V.P.V. diz que o "anti-gueterres" falhou. Talvez, mas eu ainda pago para ver.

4 comentários:

Anónimo disse...

Recuso-me a dormir contigo logo à noite!!!
Lígia

beautiful disse...

diálogo?! que eu saiba tudo o que era conversado pelo M.E.era em tom imperativo, sem margem a discução.

Anónimo disse...

Qualquer reforma pressupõe, à partida, a definição de metas e objectivos a atingir, as quais, por sua vez, trarão as vantagens ambicionadas.
No teu texto (como no discurso do Mnistério da Educação) não mencionas nem objectivos a atingir, nem vantagens que esta reforma trará para a educação e para o país. Por que razão a defendes então?
Porque sim?! É isso?
Vê se as apresentas para dar alguma credibilidade à tua argumentação.
Por outro lado, parece-te aceitável que uma reforma que é tão veementemente rejeitada pelos profissionais por ela visados possa ter algum benefício a longo prazo?

Pedro

rb disse...

Pedro,

Antes de mais, é um prazer ter as tuas nobres palavras nesta humilde casa.

"No teu texto ..."
Isto é apenas um blog, onde os textos não aspiram ser demonstrações científicas do que quer que seja. São uma espécie de feelings. "Feelings, nothing but the feelings".

"Vê se as apresentas para dar alguma credibilidade à tua argumentação."

Sem prejuízo disto do blog, também não vejo no teu comentário uma única razão contra esta reforma. A não ser a de que os "visados" a rejeitam "veementemente". Ora, também te pergunto: é apenas porque não?!

"Por que razão a defendes então?"

Tu próprio, se despires o lado che guevara da coisa, conseguirás encontrar alguns pontos positivos.
Eu, entre um risco de poder cair nalguma excesso de experimentalismo e a eterna inércia da indecisão sobre a matéria, se calhar prefiro a primeira.
Volta sempre, um abraÇo e força: a luta continua!
:)