segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Integrar o quê?

Fiquei impressionado com o exemplo do Conservatório Calouste Gulbenkian, em Braga, que é o único conservatório com ensino integrado, no país - uma experiência de sucesso, afirmam os seus responsáveis. Dizem que é a Fame portuguesa.
É claro que o ideal seria um ensino onde se pudesse aprender ao mesmo tempo e na mesma escola tanto Matemática como Música, Filosofia e Teatro, História e Dança.
Mas para isso era preciso que as escolas tivessem os meios que têm os conservatórios , que já de si são escassos, como sabemos.
É evidente que aprender a tocar com qualidade, a sério, um instrumento musical só é possível com aulas individuais. Não reconhecer esta especialidade do ensino da música, por razões economicistas, bem sei, significa um passo atrás, depois de tantos outros, no ensino da música.
Como diz Nuno Pacheco, em editorial do Público deste Domingo, «não é trautear umas canções tradicionais ou soprar numa flauta de plástico, é abraçar uma área musical ou um instrumento e aplicar neles esforço e dedicação acima do comum».
O Governo devia dizer exactamente, na prática, como pretende integrar o ensino da música nas escolas. É que se é para estragar o pouco que ainda se vai fazendo, mais vale não mexer.

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