quarta-feira, setembro 05, 2007

Bota-acima: notável sétimo lugar

Embora não pareça, nem tudo é mau neste nosso país. Vejamos: "Em apenas um ano, Portugal subiu 41 lugares na classificação dos países com melhores práticas de governo electrónico. Na lista de 198 Estados, esta terça-feira, divulgada pela Universidade de Brown, Portugal é o sétimo país do mundo e o segundo da Europa apenas atrás do Reino Unido."

10 comentários:

Rui Guerra disse...

sabendo o que por cá falta fazer, é caso para dizer desgraçados dos outros!!!

rb disse...

E o que é que por cá falta fazer?

Anónimo disse...

RB, este comentário nem parece vindo de uma pessoa esclarecida como tu!

rb disse...

Era bom que nos entendêssemos. Estamos a falar do chamado e-government. A esse nível, em Portugal, já é possível a qualquer cidadão, na relação com a AP, fazer tudo on-line. Ou quase tudo, embora não esteja a lembrar-me de um exemplo para este 'quase'. Exemplos: hoje é possível via electrónica ou on-line: instaurar acções judiciais; fazer registos comerciais e prediais; pedir certidões; pagar a segurança social, pagar os impostos; constituir uma empresa, etc.
Onde é que está a minha falta de esclarecimento, caro anónimo?

Rui Guerra disse...

em tu próprio!!!
queres um BI, vais ao Registo! não te chega nascer!
perdes a carteira, tens uma trabalheira dos diabos para recuperar os cartões todos- 2ªs vias. além dos vários cartões mas, esse é outro problema!
só que o e-government não pode ser apenas aplicado aos Ministérios das Finanças, Justiça e Segurança Social.
Existe eficiência nesses Ministérios após as melhorias apresentadas? É traduzível em redução do n.º de funcionários do Estado, ou em melhoria do serviço?
Que melhoria se sente no Ministério da Saúde a este nível?
Ter que continuar a passar horas numa fila de espera numa madrugada do centro de saúde, para levantar uma receita médica? Esperar 18 meses por uma operação?
E depois existem as utopias: No M. da educação? Já é possível obter cursos (licenciaturas, pos-graduações, etc.) sem por os pés nas faculdades?
E na Adm. Interna? Em que é que se traduz a eficiência do Estado, com 4000 polícias escriturários?
Assim a correr, verificamos que ainda existe muito por fazer. Embora reconheça que muito foi feito, não posso deixar de expressar a minha mágoa pelos outros povos.

rb disse...

Então a Universidade Brown que fez este estudo também deve estar a precisar de ser esclarecida e devia estar a sonhar quando nos classificou em 7.º lugar mundial, logo atrás do Reino Unido.


O que está em causa nesta classificação é a possibilidade de podermos tratar de assuntos com a AP por via electrónica. Só isso!
Ouço os empresários a elogiarem as facilidades e comodidades que estes procedimentos electrónicos lhes trazem no relacionamento com AP, mas eles devem estar enganados, porque antes é que estávamos bem.

Em relação ao BI é verdade que ainda tens de ir à conservatória, quanto mais não seja para fazer constar a tua assinatura no futuro BI. Mas acreditoque com o Cartão Único tudo será muito mais simples.
É óbvio que, por enquanto, ainda não é possível fazer operações, nem consultas médicas (aqui até acho que já é) on-line, nem ter as pessoas e os bens protegidos por um polícia electrónico. Isso, por enquanto, só no Second life.
Ora, dá-me lá um exemplo de uma situação que devesse pudesse ser resolvida via electrónica e não seja, sff?

Rui Guerra disse...

relativamente ao BI, não é a assinatura que nos impede de o obter on-line. É a impressão digital, meu caro, pois qualquer criança com menos de 6 anos pode "tirar" o seu BI!
e a sua renovação, depois de obtidos esses dados, necessitava de uma ida ao RC?
penso não me enganar que já te respondi acerca da relação com a AP: além do BI, cartão de contribuinte, cartão de segurança social, cartão de saúde, bolhetim de vacinas, carta de condução (renovação).
a todo este processo burocrático , junta o processo das contra-ordenações e respectivas contestações, podes fazer isso on-line?
quanto ao aviamento de receitas on-line, diz lá onde foste busacar essa?

rb disse...

Mas a assinatura é importante nos adultos, é certo que até pode a pessoa não saber assinar, mas o normal é a ssinatura do BI servir para, por exemplo, reconhecimentos de assinatura, que por acaso também estão muitio mais facilitados (lembras-te quando era preciso uma fotocópia autenticada ou reconhecer a assinatura e tinhas que ir ao cartório)
Já agora, como é que tu querias enviar a impressão digital online?! Com scanner!?
Quanto à multiplicidade de cartões é um problema que está a ser resolvido com o cartão único, o que, aliás, aflige muita gente que preferia os seus dados dispersos.
As contra-ordenações: sim, se contestar por intermédio de advogado, podes apresentar por email.
Não falei de receitas mas de consultas, são feitas por teleconferência.

Em relação à justiça posso-te dizer que estamos a dar passos gigantes no sentido da desmaterialização do processo (processo on-line) e não faltar´+a muito para os advogados não terem de sair nunca da cadeira de escritório. Ao nível do registo comercial fez-se uma autêntica revolução. Hoje, podes constituir uma empresa, sociedade, associação numa hora! Sem necessidade de escritura!
Se isto não têm influência na eficiência dos serviços e na vida dos cidadãos devia ter. Eu, pelo menos, sinto na pele.
Mas continuo à espera do tal exemplo?

Rui Guerra disse...

além de todos os exemplos anteriores (vários cartões, carta de condução), aviamento de receitas?
ainda queres mais?
temos o NIP - número de identificação predial.

rb disse...

NIP?! Não conheço ...
Estás a fugir com o rabo à seringa, passo a expressão, eu não digo que o e-government é a panaceia para todos os problemas da AP, que são muitos, antes fosse. O que eu queria é que tu me dissesses exemplos de práticas que pudessem ser feitas pela via electrónica e não o são.
Como tu sabes para aviar uma receita é preciso um médico. E quanto aos cartões já te falei no cartão único.