Passatempos de Verão: Ouri

Uma boa descoberta destas férias de Verão foi o Ouri. O Ouri é um jogo de estratégia africano da família do Mancala, tal como o Bao, o Ayóayó e o Kahala. Estes jogos, têm de comum, entre outros, os turnos alternados, as sementes não terem cor, o acto de semear, o movimento circular e o objectivo das capturas.
As regras são simples de aprender. Basta uma pequena explicação e experimentar para ficar apto a jogar.

No entanto, jogar bem não é fácil, muito pelo contrário. Há quem diga que o Ouri é o xadrez africano.
O que me encantou no jogo é que apesar da forma de jogar ser algo rudimentar, possibilita inúmeras e complexas situações de jogo.
Depois, tem uma coisa engraçada que é o facto de que aquilo que parece ser uma grande vantagem, ao se controlar muito mais peças no tabuleiro que o adversário, poder inverter-se por completo em favor deste, de um momento para o outro. O jogo nunca está perdido embora muitas vezes o pareça.

Pelos vistos, em 2002, mais de uma centena de computadores, conseguiu descobrir que há 889 063 398 406 hipóteses de colocar as 48 semente pelas 12 casas, no jogo. E que bem jogado, ou seja, pressupondo esses biliões de hipóteses, o resultado é fatalmente empate.
Não obstante esse determinismo meramente tecnológico, o Ouri é um óptimo passatempo, de Verão pois então.