segunda-feira, maio 07, 2007

O que fazer aos votos madeirenses?


O pretexto e o modo como se realizaram as eleições insulares deviam preocupar bem mais a República do que as eventuais humilhações partidárias que daí se podem retirar.

Não é o PS, nem Sócrates, nem até Cavaco Silva que devem reflectir sobre esta vitória de Alberto João Jardim - que foi tão esmagadora quanto esperada. Este último é que devia dizer claramente a todos os portugueses o que pretende fazer com estes votos.

Não seria um referendo, a realizar na Madeira, sobre o seu estatuto autonómico o acto eleitoral mais adequado a fazer? Melhor dizendo: os madeirenses querem ou não a independência?
Isso era o que eu gostava de saber. Por mim, estou por tudo.

9 comentários:

Anónimo disse...

Estou a pensar ir à Madeira para ver se te sei responder ...

rb disse...

Então vê lá se tens cuidado ...

Rui Guerra disse...

isso revela "mau perder". os madeirenses são tão portugueses.
ao contrário do que se diz, os seus dirigentes são parecidos com os autarcas nacionais - de qualquer autarquia portuguesa, querem inaugurar obra feita, sem ter que contar milhões.
o sonho dos autarcas nacionais era ter a capacidade de "negociação" de Alberto João Jardim, construir ao preço que lhe parece certo e depois encaminhar a factura para o governo central.
a fanfarra acabou, se houver rigor na aplicação da Lei das Finanças Regionais. Como um dia terminará com algumas autarquias despesistas.

rb disse...

"Mau perder" porquê se continua tudo na mesma...?

Gaspas disse...

É verdade que muitos dos autarcas continentais cobiçariam o poder de Alberto João, mas isso não o iliba da sua postura e responsabilidade enquanto ex-presidente e candidato durante a campanha manipuladora que exerceu. E o seu discurso dos colonos já cheira a merd... è um político dos mais desprezíveis que por aí anda.

rb disse...

Não me parece que possamos comparar o estatuto político das autarquias com o das regiões autónomas. Poder-se-ia fazê-lo se tivesse havido regionalização. Aí sim teríamos de temer a proliferação de tiranetes do género pelo país fora.
Já agora, sobre isto recomendo-vos a leitura do Eduardo Pitta: O ALBERTO JOÂO.

Rui Guerra disse...

o mal necessário da democracia é a existência de "Albertos". o sistema não é perfeito mas, as eleições servem para retirar o poder a quem não o merece.
não se pode confundir o homem com quem o elege.
com orçamentos apertados, Jardim terá dificuldades em continuar o regabofe.
Nas próximas eleições regionais tudo será diferente, espero eu.

Anónimo disse...

Permito-me transcrever, ipsis verbis, um comentário que já dei a outra estação (blog)sobre a eleição do Alberto:
- Palavras para quê! É um artista português com ascendência marcadamente germânica dos anos trinta, incomparavelmente superior ao homem de Santa Comba. O meu aplauso.

rb disse...

Meu Caro Augusto Pinto,

Muito bem-vindo seja, antes de mais e obrigado pelo comentário, que já tinha lido na outra loja.
Não sabia que ele tinha ascendência germânica. Assim fica tudo mais claro.

Um abraÇo