Penso que Sócrates foi convincente quanto baste: dissipou as dúvidas, dentro do que era razoável exigir-se-lhe e juntou alguns argumentos à sua defesa, no julgamento de carácter em que se deixou enredar.Não julgo que fosse possível aos entrevistadores irem mais longe. O que queriam? Um inquérito policial televisivo?
O líder da oposição, pede uma investigação por uma entidade independente. Qual? Como? Isso não interessa, há que fazer render o peixe. Talvez a ONU.
O Público, que há mais de 15 dias debate-se avidamente com os canudos do PM não trás qualquer referência à entrevista na manchete do dia seguinte. Curioso.
O equilíbrio ficou mais estável. Antes assim.
Correcção: do anúncio televisivo das manchetes fiquei com a nítida impressão de que o Público não traria nada da entrevista. Afinal não é assim. As minhas desculpas pelo meu equívoco (nota: reparo que o Tomas Vasques também viu o mesmo que eu).
9 comentários:
A avidez em defender a alegada convicção do discurso do licenciado em Eng. Civil é tanta que tens que vir com correcções... já agora vê lá se corriges o post quanto às conclusões que chegas sobre o "entrevista". Quanto a mim tudo não passou de uma muito frágil defesa daquilo que é indefensável por parte de um razoável especialista em relações públicas. O essencial ficou ainda mais nebuloso e confuso. Exemplos: houve rasura de documentos da AR pelo punho do próprio; a história de vir dizer que a Uni, como outra qualquer instituição universitária, contenta-se com a palavra do candidato, sendo que só pasado um ano é que tem acesso ao certificado de habilitaões, é hilariante; então a explicação atrapalhada quanto ao facto do tal prof. ter leccionado mum só ano e ao mesmo aluno 4 cadeiras, e que só conheceu o dito prof. nesse ano é cínica quanto baste (afinal, o prof. Morais já tinha sido seu prof. no ISEL, e quanto a esse facto o vendedor de banha da cobra nada disse)... quanto ao resto estou como a Constança Cunha e Sá - o que seria desta trapalhada se o visado fosse o Santana Lopes ???
Ofthewood: já pus uma nota no post a outro blogger que viu na TV o mesmo que eu. Terá o Público alterado a sua manchete à última da hora?...
Quanto à entrevista, compreendo a tua desilusão, queriam que o homem se espalhasse ao comprido e ele esteve com um à vontade surpreendente.
"houve rasura de documentos da AR pelo punho do próprio"
Passou-se há 14 anos e ele aventou uma explicação plausível. Aqui d'el Rei que ele nessa altura disse que era engenheiro e era só engenheiro técnico. Chamem a guarda!
"a história de vir dizer que a Uni, como outra qualquer instituição universitária, contenta-se com a palavra do candidato, sendo que só pasado um ano é que tem acesso ao certificado de habilitaões, é hilariante"
Conheço pessoas que também tiveram direito a esse procedimento e professores universitários que dizem que isso é normal em processos de equivalências.
"o prof. Morais já tinha sido seu prof. no ISEL"
É mesmo? Que escândalo!!!
não nenhum escândalo, salvo o pequeno promenor de que ontem com a maior das latas ele disse que só o conhecera na Uni. E quanto ao certificado de habilitações, esa é para rir. Alguém acredita que sob o compromisso de honra a universidade engula durante um ano (!!) a falta de documento a atestar as habilitações???
Rasura pelo punho do próprio (???), que explicação plausível é que deu?? Claro que é fácil vir dizer agora que passaram 14 anos, como é fácil comer toda a gente por uns idiotas. Tem dó...
há 'coisas' que eu não comento. olha, chama-lhe mau feitio!
de qualquer modo, fiz mesmo shutdown... até mesmo à tacanhez deste povinho... ai! que tenho momentos que mais me apetecia viver no Burundi... 'terceiro mundo' por 'terceiro mundo'...
Não sei se o tal Morais lhe deu aulas no ISEL.
E, por exemplo, eu não me lembro da maior parte dos meus antigos professores.
Mas enfim, para quem vem com ideias feitas sobre o carácter do PM, quaisquer explicações nunca serão convincentes.
E convém ter presente que o acusado é que tinha o ónus da prova (quando devia ser o inverso), que os factos eram negativos o que dificulta ainda mais a prova e que estes foram ocorridos há mais de 10 anos.
"tacanhez deste povinho"
Também digo, Coisas que pensam, também digo.
È lamentável que alguém tão inteligente e critico como o autor deste blog se contente e aceite com ligeireza as explicações "cabais" fornecidas.
Se o referido senhor (Engº?) entendeu que deveria dar explicações, quem as recebeu deveria então confronta-lo com as incoerências e não simplesmente aceita-las. Se as explicações não o são, há o dever de as esclarecer.
Li algo que foi apresentado como crónica do António Barreto no público que julgo ser de leitura aconselhável - há muito tempo que não via aspas tão bem empregues.
Concordo com o ofthewood ( a quem aproveito para cumprimentar)quando questiona "..e se fosse o santana lopes????" ou qualquer outro de "direita".
A politica e o futebol sempre confundiram os espiritos mais esclarecidos...
Só falta o elogio ao ministro mariano gago e regozijar-nos todos com os feitos do nosso primeiro. Até foi convidado para ser professor universitário... ( nesta fase quase caí do sofá de tanto rir...), colocaram a licenciatura em causa e o homem por causa da "causa publica" até deixou de ser professor universitário...
Gostei particularmente do facto do homem se dirigir ao seu prof. de inglês por seu ("yours"), que tira todas as duvidas que se possam colocar se o sr reitor saberá alguma palavra de inglês.
Finalmente há esperança para o joão, o manuel e o josé que com reitores como o referido poderão ter licenciaturas completas na condição de em pouco tempo apresentarem em prazo razoável a prova da conclusão da 4ª classe.
Culpa a universidade, cujo curso na altura era prestigiado( e já seguia no segundo ano de ensino desse curso), culpa os acessores, os funcionários zelosos, e uma infinidade de pequenos lapsos.
Realmente é assustador o "á vontade"...
Mas seria pena depois de toda a destruição, de todas as mentiras, e de toda a máquina de propaganda bem oleada que montou, viesse a cair como um HOMEM, em directo, ao revelar a verdade.
ainda ficará conhecido na história como o pequeno Nero...( não confundir com Nemo)
Um abraço e perdoem o desabafo de quem não discute politica, mas não suporta tamanhas façanhas
do seu tacanho ao vosso serviço
directamente da cova da iria
http://www.oinsurgente.org/2007/04/12/rtp-em-directo-da-cova-da-iria/
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