domingo, fevereiro 04, 2007

Serões portugueses

O serão televisivo dominical da rtp1, a que, de costas, ainda vou assistindo, foi bem recheado, desta vez.
Primeiro, as Escolhas de Marcelo, depois disto, de facto, não perdoaria à Maria Flor Pedroso se não lho perguntasse.
Marcelo respondeu com a sua costumeira habilidade, mas também lhe vi algum agastamento. No mínimo, deselegante a forma com ele tentou colar o vídeo do Gato Fedorento à posição contrária à da dele, como se os vídeos fossem comparáveis a esse nível. E, caro prof. Marcelo, o vídeo da rábula sobre si, é muito mais visto que o seu! Mas mesmo muito mais!!

Nem de propósito, a seguir às escolhas do professor, vem o Diz Que É Uma Espécie de Magazine, que está cada vez mais recomendável. Numa só palavra: hilariante!!

Acabei o serão, a ver os Grandes Portugueses, que nunca tinha visto. Fiquei um pouco seduzido, confesso, pela polémica sobre aquele candidato que de excluído inicial passou a favorito à vitória final.
O programa, directamente do pomposo Palácio da Ajuda, teve algumas cabeças tidas como bem-falantes e até um Santana Lopes, ,vejam lá. Moderados pela histórica Maria Elisa discutia-se os dois prováveis vencedores: António Salazar ou Álvaro Cunhal.

Está bom de ver que a rtp meteu-se num lindo sarilho. Em vez de discutirem os melhores portugueses, como seria esperado, estão a discutir, com um incómodo indisfarçável dos intervenientes, como é que foi possível o antigo ditador pode vir a ser "o eleito".
Também tem graça aqueles telespectadores que ligam inspirados por aquela velha máxima: - O que este país precisava era de outro Salazar!

Pondo de lado tudo o que havia a dizer sobre o (des)propósito deste programa, a escolher o "melhor" português de sempre, caso eu fosse de votar nestas coisas, faria como o Nuno Artur Silva, aliás, este, um dos poucos a quem gostei de ouvir no debate e que é autor desta outra iniciativa curiosa, apostava numa dupla de poetas: Luís de Camões e Fernando Pessoa.

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