sábado, janeiro 20, 2007

Esmeralda Ana Filipa

Para quem quiser saber mais aprofundadamente sobre os contornos deste inusitado caso que abalou a nossa justiça, pode consultar no verbo jurídico o texto integral do acordão do Tribunal Colectivo do Círculo Judicial de Tomar (Tribunal de Torres Novas), que condenou o "pai adoptivo" Luis Gomes a 6 anos de prisão efectiva, por crime de subtração a menor e ainda numa indemnização ao pai biológico de 30.000€ e outra indemnização ao mesmo e à menor, a título de danos não patrimoniais que ainda irá ser apurada em liquidação de sentença.

7 comentários:

Anónimo disse...

A justiça realmente é cega!

Anónimo disse...

A justiça realmente é cega!

AM disse...

Obrigado pelo "link".
Veio confirmar o que já suspeitava.
Já viu o "post" do TBR (no Kontratempos) sobre este assunto?

AM

rb disse...

Acabo de ver, AM. Desenganem-se aqueles que acham que o pedido de habeas corpus vai resolver alguma coisa que não vai. Não tem fundamento ou melhor o fundamento utilizado não se aplica a esse instrumento.
Também leio muita ignorância gratuita sobre este caso. Parece que toda a gente dita sentenças.
Ontem o programa do Prós e Contras, sobre este assunto, foi muito bom!
A única coisa que me choca é a desproporção da pena aplicada: 6 anos de prisão efectiva. Agora se a criança deve ficar com um pai ou com o outro isso já é bastante complexo e tem vários pontos de vista e posições possíveis.

AM disse...

Ó Ricardo

Acha desproporcional a pena de 6 anos?

Então:

Acha credível que um "sargento" da GNR considere normal ou minimamente legal, ficar com com um bébé, filho de uma "prostituta"(?) brasileira imigrante, que lhe é entregue por uma intermediária, num salão de cabeleireiro, a troco sabe-se lá de quê?

Então aceitou apenas um papel assinado (e reconhecido em notário!!!!!!!) como se fosse uma simples declaração de doação (ia escrevendo de venda).

Então acha normal que só tenha achado por bem tentar formalizar o processo de "adopção", junto da SS, depois de já saber que o verdadeiro pai tinha sido identificado e tinha requerido em tribunal o poder paternal?

Acha normal que a SS tenha dado andamento a um processo manifestamente ilegal, dado não haver consentimento do pai?

Acha normal que, ao longo de quase 4 anos, tenha sido possível a um sargento da GNR eximir-se a cumprir uma ordem do tribunal (e uma ordem de tal importância como a entrega de uma filha ao seu verdadeiro pai) e nem a GNR, nem a PSP, nem a PJ, nem nenhuma autoridade tenha sido capaz de a executar?

Acha normal que um CRIMINOSO deste calibre (pois que em minha opinião é apenas um criminoso) consiga dar origem(por si só?) a uma campanha de msitificação por parte da CS, a um movimento desta dimensão, até com "vacas sagradas" à frente ?

Não amigo Ricardo

Aqui há história, muita história por contar.

Aqui há decerto materia prima para um best seller que oxalá não seja escrito por nenhuma Cabrita nem nenhum Tavares....

AM

rb disse...

Tem razão, AM, quando demonstra que o sargento não é nenhum herói nem nenhum santo, como pinta a cs (pois, isto com Aididas rende muito), mas, também o militar não é concerteza o único bandido.
Ninguém, com destaque para o sistema judicial, ficou bem nesta foto.
No entanto, só o Luis paga as favas. Por muito pior do que ele fez já vi muita pena suspensa, meu caro.

AM disse...

"...Ninguém, com destaque para o sistema judicial, ficou bem nesta foto.
No entanto, só o Luis paga as favas. Por muito pior do que ele fez já vi muita pena suspensa..."

Tem aqui carradas de razão.

AM