sábado, novembro 25, 2006

Olha!

É das poucas palavritas que ele já diz. E di-la aí uma centena de vezes por dia. Tudo o que lhe desperte a atenção é: - Olha! Olha! Olha! E é um "olha" sem "a" no final. Castiço.

1 comentário:

Anónimo disse...

E QUE LINDOS OLHOS COM QUE ELE OLHA!!!

E a propósito de olhos e da forma de olhar, vou-te oferecer a leitura de um poema de António Gedeão,"alter ego" poeta do meu ilustre mestre Rómulo de Carvalho,de quem se comemorou há dois dias o centenário do nascimento(no mesmo dia em que a Avó Maria fazia 92 anos).


IMPRESSÃO DIGITAL
Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros,com outros olhos.
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores,
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? Sâo gigantes.

BEIJINHOS