A lua e o farol

- À noite, aqui no parque, é um frio e uma humidade que até entram no osso. Dizia-me o homem do minimercado do parque de campismo, depois da primeira noite passada naquele bungalow.
E de facto há noite fazia um frio e uma humidade capazes de encurtar a espinha. Mas tudo era sempre amplamente compensado, mesmo com aqueles colchões, por umas manhãs bem soalheiras, cheias de natureza para desfrutar.

S. Pedro de Moel é uma vila-praia muito bonita e simpática, envolta por uma densa mata que a protege e resguarda. Como diria o outro: um local onde se pode respirar. À noite, interessante o confronto entre a lua cheia dum lado e o farol do outro, no que parecia um desafio.

Na imagem, um inesquecível restaurante à beira-mar, assente sob a falésia, com uma longa vista para o mar, avistada por uma enorme janela, que percorria toda a sua fachada, entrecortada pela madeira escura e envelhecida que o cobria.

O repasto foi composto dumas espetadas de tamboril acompanhadas duma divina açorda e outras coisas muy buenas que deliciaram o paladar. O pão era de fabrico próprio e daquele que dá vontade de nunca parar de comer, sem mais. Havia uma enorme lareira que aconchegava toda a sala e donde se adivinhava a confecção doutros petiscos presentes.

O resto? O resto foi tarefa de pai a tempo inteiro, onde pontificaram entretenimentos vários e inéditos para eles, com uma ida à capital, para ver o oceanário e andar de teleférico, e no campismo, jogar ping-pong e dormir num beliche. Valeu!